Eu, passarinho.
Não durmo.
Não como.
Só rio.
Sorrio.
Desejo que ria.
Sinto falta da companhia,
do teu riso,
minha alegria.
Pinto-me como artista,
saltimbanco, palhaço.
Pois, me felicita ouvir teu
sorrir, mesmo com voz
de sono, de cansaço.
Queria nos teus dias
tristonhos, me fazer
um reformador de
sonhos.
E assim, fazer mais leve
o teu caminhar.
Passarinhando pelo
caminho.
Só para que não andes
de todo sozinho.
Assobiando de mansinho
uma música de curar.
De cuidar.
Te amar.