Distração é diversão.
Não tenho certeza se devo recomendar que os homem se distraiam. Do latim, “dis-trair”, puxar para fora, desviar a atenção do sério para o agradável.
Porque não reconhecer o agradável no sério e tratar com seriedade o agradável?
Precisamos sim de gente alegre, disposta, bem humorada. Pessoas leves e generosas.
Por isso recomendo, seriamente, um hobby saudável que proporcione bem estar sem efeitos colaterais.
Brincar, do latim "brinco", é formar vínculos, laços.
Do latim "divertir" é virar para diferentes lados, fora das preocupações. Como as crianças não tem preocupações, também não necessitam fugir delas.
Assim, as crianças brincam e os adultos se divertem.
Talvez o adulto devesse também brincar, formar laços, as vezes com os outros, as vezes com as coisas, as vezes criar vinculo consigo mesmo em uma saudável solidão.
Como nos filmes da Disney, sou capaz de aceitar que o propósito da vida seja a própria vida e nada mais.
Contudo, sou reticente quando confundo “vida” com prazeres físicos e psicológico a qualquer preço.
Se o propósito da vida é a vida, e Deus é vida, o que é a Vida senão Deus?
Vida é ver Deus nos detalhes e saber apreciá-lo em suas belezas expostas na fortuna ou ocultas na tragédia.
O propósito da vida é comungar com o divino em nós. O divino na vida. Todo o mais é distração