LAR NA MENTE PAZ NO ÍNTIMO

Costumamos aceitar muitas coisas como disponíveis. Ora, devido à pandemia, estamos constritos com tantas restrições que limitam nossos passos, nosso bem-estar e nossos recursos.

Só há tantas vezes que podemos ir ao terraço, ao jardim, e voltar a entrar. Ir ao mercado ou a farmácia, e voltar para casa. Quantos copos de café podemos beber num dia? Demais, preocupações com filhos e parentes distantes nos inquieta. Muitos de nós com filhos menores, sentimo-nos constrangidos por estarem fora da escola e longe dos seus amigos. Além de tudo, ansiamos pelo regresso à normalidade.

Os nossos sentidos enganam-nos. É preciso ir mais fundo, para além da ilusão, não somente olhando e vendo o fluxo, mais enxergando a fonte de energia nas coisas.

Todos compartilhamos a distância, o isolamento, as dificuldades e a incerteza. Nos bons tempos, apreciamos as coisas como sempre disponíveis, planejamos sem preocupações e pouco aprendemos. Em tempos difíceis somos tolhidos em apreensões, e até o nosso espaço caseiro torna-se pequeno. Mas o nosso lar não é uma reclusão! Trabalhamos para adquirir a nossa casa. Esta é a nossa casa e o fim de nossa jornada. Realizamos o desejo, que é muito mais sereno do que a própria aspiração da aquisição.

Apesar disto, trazemos o mundo exterior para o seio do nosso lar através dos noticiários, programas e dos filmes de televisão, e de nossa atividade na mídia de celulares e computadores que nos perturbam e manipulam nossos sentimentos. Deveríamos desligar tais recursos e nos entregar à paz do lar e buscar a quietude interior, sem receio do tédio, que é uma reação natural ao sossego ao nosso redor quando não sentimos ainda nossa mente e corpo e, voltemos a transformar a nossa casa em lar no caminho certo e na pousada para se estar, nos tornando úteis e mantendo a estrutura no lugar, conservando os hábitos diários e arranjando vários afazeres durante o dia, fazendo algo que não tínhamos tempo antes, para nos manter saudáveis. "Fazei em mim a vossa casa, como eu faço em vós a minha" (João 15:4).

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 12/05/2021
Reeditado em 12/05/2021
Código do texto: T7253576
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