PROPOSIÇÃO DA PRÁTICA DA CONSCIÊNCIA

O paradoxo da aceitação e da mudança faz-se nitidamente presente em nossa vida, quando chega o momento de analisar os diferentes aspectos de nossa existência.

Uma mudança duradoura é melhor construída sobre uma base de autocompaixão e autoaceitação. Assim, graças à autodescoberta que vem com a aceitação, as mudanças acontecem. Pois, muitas vezes, somos confrontados com situações, quando a experiência ou as nossas relações nos surpreendem, às quais não sabemos como reagir, permanecendo na negação sobre o que ocorre, sem aceitar o que está a acontecer à nossa volta.

Então, é o momento de enfrentar sem evitar uma situação e procurar soluções, buscando viver com a circunstância da melhor maneira possível e ser feliz com ela.

Evitar, como opção, só nos distanciaria da realidade. Demais, a aceitação significa tratar-se a si próprio como válido e inteiro. Além disso, o primeiro passo para a mudança é o encontro com o equilíbrio compreendendo as coisas como elas são, vendo o lado positivo de uma situação, para estarmos satisfeitos com os termos disponíveis.

Negar e resignar-se a uma situação significa resistir passivamente ao sofrimento que ela traz, lidando com a tristeza da melhor forma possível, simplesmente suportando a vida. Enquanto que, aceitar uma situação significa assumir um papel ativo na mesma, tomando decisões assertivas que levem a uma mudança equilibrada.

Esta perspectiva da aceitação, não deve ser meramente um ponto de vista intrinsecamente autocompassivo. Devemos aprender a aceitar e aprender a mudar, sendo ativos e produtivos em nossa decisão, pois a essência está em aceitar nossos pensamentos, memórias, sentimentos e sensações corporais, experiências que estão, em grande parte, fora do nosso controle, por ser produtos da nossa história e do contexto atual do que ocorre à nossa volta. Mas pensar o que pensamos, e sentir o que sentimos, quando pensamos e sentimos, é aceitação.

Até aceitarmos o que é como o é, sobre tudo o que está a acontecer agora ser o resultado de uma cadeia de acontecimentos muito longa, há pouca esperança de uma mudança significativa e duradoura.

Seria extraordinário poder voltar no tempo e refazer nossas decisões e atos ou, reafirmar de modo mais estruturado o contexto de nossas escolhas e ações que nos trouxeram até aqui. Mas não podemos usar uma possibilidade para justificar uma certeza. As coisas são como elas são! Ou aprendemos a nos adaptar da melhor forma possível a uma situação e lidar com ela, sem sofrer demasiado, ou ser sobrecarregados.

Comumente, os relacionamentos íntimos podem ser aflitivos devido ao conflito de interesses e neuroses mal resolvidas, atingindo uma fase difícil devido à incompatibilidade dos parceiros. Com o dialogo equilibrado e a compreensão das diferenças é possível alcançar o primeiro passo, que é aceitar a outra pessoa pelo que ela é. Assim, terminando toda a culpa, falta de respeito e tentativas de fazer com que a outra pessoa mude, decidindo fazer mudanças pessoais com base nas nossas vidas e na vida do nosso parceiro. Companheirismo, amizade e solidariedade. Somos os únicos com a habilidade de mudar a forma como as nossas vidas estão a decorrer.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 11/05/2021
Reeditado em 12/05/2021
Código do texto: T7253210
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