ACEITAÇÃO DA LIMITAÇÃO
A verdade não é observada a olho nu. Não fosse pelas ideias dentro de nós, não poderíamos conhecer a realidade fora de nós. Mas, a percepção nos pode dar conhecimento ou crença justificada sobre um mundo externo.
Os problemas de percepção puramente intelectuais, em vez de serem justificados por ligações evidentes à experiências ou outras crenças, é o simples fato de o processo de produção ou sustentação ter uma tendência para fornecer crenças verdadeiras que torna a crença perceptiva justificada, mas, nos oferecendo uma suposição sem evidência de justificação de entendimento.
Descartes propôs que a existência poderia ser estabelecida por duas justificações, porque, ao pensar o sujeito afirma que pensa, pois, se apenas pensasse que pensa estaria, mesmo assim, pensando. Portanto, ao pensar, o sujeito prova a sua existência como coisa pensante, mesmo que não tivesse uma fisicalidade.
Isso nos leva ao objetivo contra a realidade subjetiva e a natureza do conhecimento sobre o que vemos e nossas crenças subjetivas representando algo que é objetivamente verdadeiro, porque corresponde exatamente ao estado real dos acontecimentos, propósitos, valores, conhecimentos e tudo o que sabemos ou acreditamos antes de olhar para a forma ou configuração das coisas, através da informação no mundo. Assim, a nossa percepção é causada pela ação da crença subjetiva, realidade objetiva e crenças partilhadas intersubjetivas que eventualmente constroem e justificam a nossa realidade individual e social.
Poderia a consciência humana ser um truque de conjectura, concebido para nos enganar? Todos nos curvamos diante do aparente milagre e achamos que é impossível, primeiramente, assimilar como a consciência poderia surgir num cérebro material e se colocar fora do alcance de uma explicação racional.
Uma pretensão humana, com implicações de grande alcance para todos os aspectos da nossa vida, desde a linguagem capaz de pegar em fonemas sem sentido e combiná-los em palavras, palavras em frases, e frases em arte literária, e a matemática até a arte, música e moralidade, repousa numa surreal esperança científica em torno de criar sistemas artificiais que dão toda a aparência de sistemas de consciência que agem como nós em todos os sentidos, capazes de sutileza quase imperceptível como piscar o olho, desvios morais como mentir, afirmações como juramentos e sentimentos subjetivos de angústia, usando um “imaginado” truque computacional como input de qualquer conjunto de entidades discretas e recombiná-las numa variedade infinita de expressões significativas.
O homem gasta o seu precioso tempo com pensamentos insustentáveis como um exercício fútil da física sobre a teoria das cordas, algo não vital como matemática, tanto quanto outras áreas de matemática muito abstrata ou especializada que não justifica, nessa base, a incrível quantidade de esforço despendido com ela, sem qualquer orientação experimental adequada. Pois é improvável que a Natureza pense da mesma forma que nós.
Tomamos a consciência um do outro sobre a fé. Entretanto, o que acreditamos ser verdade, mas não podemos definir é a nossa própria existência.
Pode ser que o mistério da consciência seja uma fonte de esperança humana e, tentar desvendar pode ser arriscado e nos mandar a todos para a perdição.
Toda a ciência é baseada na teoria da probabilidade. Mas não podemos alcançar a verdade! Pois a impossibilidade de entendermos os mistérios da Natureza é o que nos diferencia Daquele que nos concebeu. Essa pode ser a razão pela qual Einstein disse: "Deus não joga aos dados".