A esperança anda na sua cara
O artista com o corpo estirado, intocado
Nada escutava, não se sabe se algo sentia
Alguém por fora falara com magreza voz
Por favor, dá no braço sobra desse líquido.
Tenha paciência, corra, salve o cara, porra!
Nossa mãe! Onde acaçaparam os insumos?
Tenha dó! O céu está bem ali lindo de azul!
Insensível, o moço parece dormir sonhando.
Pode chorar, ele nunca passará dessa noite
Tá na cara, olhe os calmos dos moribundos!
Aquele outro não cairá, está bem amarrado
Peça pra os capachos pôr os troncos no solo.
Moço sabe dizer como se chega até a vacina?
Pode por favor, passar álcool em gel nas mãos?
Deixa de bestagem é somente, uma gripezinha!
Proibido o uso de máscara dentro desta guarda.
Ponto final. Simples assim, não há imunização!
Esquente o morto. O cara pálido é nocivo a arte
Não se esqueça, ele só acolhe a energia das emas
E o rebanho despido ria, vendo o jacaré na lagoa.