A esperança anda na sua cara

O artista com o corpo estirado, intocado

Nada escutava, não se sabe se algo sentia

Alguém por fora falara com magreza voz

Por favor, dá no braço sobra desse líquido.

Tenha paciência, corra, salve o cara, porra!

Nossa mãe! Onde acaçaparam os insumos?

Tenha dó! O céu está bem ali lindo de azul!

Insensível, o moço parece dormir sonhando.

Pode chorar, ele nunca passará dessa noite

Tá na cara, olhe os calmos dos moribundos!

Aquele outro não cairá, está bem amarrado

Peça pra os capachos pôr os troncos no solo.

Moço sabe dizer como se chega até a vacina?

Pode por favor, passar álcool em gel nas mãos?

Deixa de bestagem é somente, uma gripezinha!

Proibido o uso de máscara dentro desta guarda.

Ponto final. Simples assim, não há imunização!

Esquente o morto. O cara pálido é nocivo a arte

Não se esqueça, ele só acolhe a energia das emas

E o rebanho despido ria, vendo o jacaré na lagoa.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 06/05/2021
Reeditado em 08/01/2022
Código do texto: T7249674
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