Encontro

Nossos beijos já falavam sobre a leveza dos nossos corpos juntos. Desde o primeiro, desde todos eles. Inevitável síndrome de paixão. Desproporcionais, mas o equilíbrio da partilha, do ceder, render, identificar, acertar. Mesmo nos erros, a busca de doar o melhor ao outrem.

Espírito livre e a liberdade da escolha. Liberdade em outro viés. Ela agora, com apoio. Duas linhas que percorrem o gráfico sem se chocar, mas sempre juntas.

Você. Que deu sentimento a palavra, a carregou de suspiros, de memórias calorosas, de risos frouxos, da carícia, do teu cheiro.

A clareza dos gestos, a confiança na fisionomia, o calor transbordando a pele, o suor. O amor não se é despercebido. A vontade de pertencer não se faz incômoda. Priorizar. Se sentir priorizado, a eterna compaixão da reciprocidade.

Depois dos corpos nus nada mais se esconde, nenhum traço, nenhuma malícia, nem uma fala não dita. Entregue inteiro. A pele conversa, se entende, se mistura. Encontra se.

Eu te encontrei.

Patrícia Campanholo Pereira
Enviado por Patrícia Campanholo Pereira em 05/05/2021
Reeditado em 05/05/2021
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