CONTÁGIO

A poesia é contagiosa e vicia. Causa tal revolução na alma, que transforma o usuário em alguém melhor. Notem, porém, que falo da poesia que brota do pulsar dos corações, da alegria ou da dor que afetam a corrente sanguínea, a coluna vertebral, o sistema nervoso central. Essa é a poesia que faz do seu consumidor uma pessoa que sonha, reflete, duvida, acolhe, ouve, abre, reparte. Aqueles que preferem permanecer com as suas certezas e seus egoísmos devem se abster da poesia, pois ela é contagiosa, vicia e transforma.