O duradouro que morre pouco a pouco
A quem dá-te atenção recebe o contributo de um esquecimento de semanas e até meses. Mesmo sendo este o último remetente de comunicação.
Independente de deixar tudo invisível por semanas e lembrar-se de forma qualquer e tratar como se o lapso fosse nada; é assim com qualquer união verdadeira. Mas há desimportância provada não só aqui.
Transcendendo o entendimento desse contexto frívolo, até no sentir da vida é assim. Estou propondo um exame de consciência.
Não é algo que partiu apenas de mim, mas percebido por ti também, afinal, ninguém sai de seu navio distante porque sentiu pena de um ninguém à deriva no oceano solitário.
E assume o que digo quando fala que sente culpa por isso.
Ou quando o "ir", tão comum, mas hoje tão raro, se torna dispensável, porém o "ir" com um alguém qualquer vira uma melhor ideia em pouquíssimos instantes.
Sei nem se terá capacidade de entender tudo, mas é um pouco de agora e um pouco de coisas passadas que sempre foram negligenciadas. Morre pouco a pouco.