O duradouro que morre pouco a pouco

A quem dá-te atenção recebe o contributo de um esquecimento de semanas e até meses. Mesmo sendo este o último remetente de comunicação.

Independente de deixar tudo invisível por semanas e lembrar-se de forma qualquer e tratar como se o lapso fosse nada; é assim com qualquer união verdadeira. Mas há desimportância provada não só aqui.

Transcendendo o entendimento desse contexto frívolo, até no sentir da vida é assim. Estou propondo um exame de consciência.

Não é algo que partiu apenas de mim, mas percebido por ti também, afinal, ninguém sai de seu navio distante porque sentiu pena de um ninguém à deriva no oceano solitário.

E assume o que digo quando fala que sente culpa por isso.

Ou quando o "ir", tão comum, mas hoje tão raro, se torna dispensável, porém o "ir" com um alguém qualquer vira uma melhor ideia em pouquíssimos instantes.

Sei nem se terá capacidade de entender tudo, mas é um pouco de agora e um pouco de coisas passadas que sempre foram negligenciadas. Morre pouco a pouco.

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 18/04/2021
Código do texto: T7235195
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