Conhecimento e cavalos
O Conhecimento, num sentido rudimentar ou talvez poético pode ser comparado aos cavalos.
Simbolicamente, o Conhecimento se originou quando Homem dominou o fogo, o que, segundo evidências teria ocorrido há cerca de 400 mil anos.
O cavalo evoluiu de uma pequena criatura com 30 centímetros de altura e vários dedos, o Eohippus, que viveu há cerca de 45 milhões de anos.
Ambos, o Conhecimento e o cavalo, foram sofrendo transformações com o tempo, para servirem aos propósitos do Homem. Serviram para o bem e para o mal, mas contribuíram para chegarmos onde chegamos.
Temos hoje Conhecimento suficiente para resolver quase todos nossos problemas e centenas de raças de cavalos que servem a inúmeras finalidades.
Mas tal qual os cavalos, temos os “colecionadores de conhecimento”, os “intelectuais” ou “eruditos”, que assim como se coleciona cavalos pela sua beleza física, mantêm uma grande biblioteca com monótonas coleções de livros e livros avulsos de tamanhos e cores variadas.
Quando Monteiro Lobato disse que “um país se faz com homens e livros” ele poderia ter dito que “um país se faz com homens de honra a cavalo e Conhecimento”. Ou seja, Homens com maiúscula, honrados, dispostos a morrer pelo seu país e a usar o Conhecimento para o progresso.
Hoje, mais do que nunca temos em evidência uma categoria de homenzinhos que se vendem por qualquer preço, colecionadores de livros e cavalos, cuja única função é ajuntar uma montanha de merda.