Voz da revolta.

Não eu não sou descendente das bruxas que sobreviveram

Nem a reencarnação das que vocês queimaram nas fogueiras

Mas sou toda a revolta delas

Sou a voz das dores de todas indiazinhas que vocês estupraram  mataram seus pais.

As donzelas catequizadas

As esposas despojadas.

Tenho as lágrimas das meninas do Oriente  obrigadas a casar antes da menarca

O desespero de todas as crianças abusadas, abandonadas, esfomeadas do mundo

Eu não sou rebelde eu sou revoltada

Trago em mim os gritos de todos os injustiçados

os negros, os índios os magros judeus do holocausto

Trago a dor de Anne Frank estampado no peito

Trago o grito de Olga a comunista

Trago os abortos de Frida A paz de Cheguevara Trago Anita Garibaldi dentro do meu coração

E eu sei bem que tem quem quer que  eu me cale

Mas não vão me calar

sai da caverna

vesti a armadura da justiça

a coroa da verdade é lutarei com minha espada contra tudo que estiver ao meu  alcance

Eu me levantei das cinzas para lutar

por igualdade verdade justiça

A voz da poetisa do campo

A brisa do vento que de repente  vira furacão.

Fernanda Ferreira Baylon
Enviado por Fernanda Ferreira Baylon em 15/04/2021
Código do texto: T7232601
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