ATÔNITO
ATÔNITO
Vejo no que se tornou o mundo
Ainda que imprevisível
O que sugere futuro
Num triste cenário perceptível
Sinto ardor na esperança
Sentimento inconclusivo
Nítida desconfiança
Mas ao amor sou submisso
Atônito perante a tamanha violência
Num desejo compulsivo por justiça
Desconexo plumo da sobrevivência
Dentro dessa realidade, o pavor que contagia
Não há nada a ser feito
Tudo posto a perder
Quando algo é desfeito
Sem chances de refazer