DEUS ESTÁ MORTO

"Não ouvimos o barulho dos coveiros a enterrar Deus? Não sentimos o cheiro da putrefação divina? - também os deuses apodrecem! Deus está morto! Deus continua morto! E nós o matamos! Como nos consolar, a nós, assassinos entre os assassinos? O mais forte e o mais sagrado que o mundo até então possuía sangrou inteiro sob os nossos punhais - quem nos limpará desse sangue?"

(NIETZSCHE, Gaia Ciência, § 125)

A criatura que mata o criador supera a si mesma, torna-se mundo, demiurgo, produtor e instrumento da vida, regressa a natureza, a existência e a morte, ao caos e a ordem, no jogo incessante dos opostos e do multiplo em devir.

A criatura desaparece no inumamo uma vez dissipada a ilusão de um mundo verdade. A vida se faz tempetade e aprendemos a acontecer na intempestividade do relâmpago.