Cristo, nossa Páscoa!
Desde os primórdios da humanidade, o sentido de tempo e espaço foram ressignificados...
A crise, fruto das inquietações humanas, sempre estivera presente, buscando dar sentido às coisas de seu tempo.
O próprio sentido e ideia de tempo, sempre foram incognoscíveis, passando a ter um sentido materializado a partir do lugar que o homem estava inserido...
Com um sentido cronológico, o tempo físico trouxe-nos a ideia de um movimento progressivo, que nunca para, e, com isso, o relógio passou a ratificar seu movimento em milésimos, segundos, minutos, horas, dias, meses, anos... Séculos, etc., passando a dar sentido aos registros dos acontecimentos de nossa História...
Há milênios, com a saída do povo Hebreu do cativeiro egípcio, instituiu-se a Páscoa, como forma de registro e consolidação da Libertação de uma Nação, para que o tempo físico não a esquecesse, e que o tempo enquanto espaço epistemológico viesse, enfim, a eternizá-la.
Com isso, aprendemos que diante às circunstâncias da vida, não há vida sem desafios a nossa frente, nem desafios que não nos instiguem a buscar superá-los. É isso que faz o sentido de viver, e que precisa ser conquistado.
A Páscoa, como libertação do povo Hebreu, materializou-se como fundamento de fé em nossa sociedade judaico-cristã, tornando-se substância; o presente vivo que se eternizou na sociedade Ocidental.
Com isso, aprendemos que a liberdade não cai do céu nem advém do direito divino ressignificado pelo homem, mas da práxis humana e de seus ideais de luta.
A liberdade se conquista!
Cristo, nossa Páscoa!
Luiz Carlos Serpa
Recife, 03 de abril de 2021.