Crueldade
A minha poesia é cruel, vem e vai quando quer, ignorando meus sentimentos e me povoando de ausências. Letras que me trazem alívio, lembranças que me causam arrepios, frases que me injetam coragem nas veias. Inconstantes como um caso proibido, ora pesadas como algemas, por vezes leves como penas. Penas de uma liberdade que nunca senti, mas que me ajudam a tentar voar. E eu bato as asas, com ou sem ela, minha eterna companheira de lágrimas.