Tempo difícil, nada na frente
A tormenta das verdades ali entubadas
Não confunde o percurso do ribeirinho
A alma atirada parece coisa do destino
Conhece a beira calhada das correntes.
Os cegos enchem os olhos de sabedoria
Incentivam moradias ao olhar a menina
O céu encoberto leva chama aos trovões
A máquina enche a espécie na cabeceira.
A leitura do poder ordena, destrói a mente
Talvez, durma desesperado pelos estragos
Seja difícil despertar rodeado nas dúvidas
Há muitas desordens impenetráveis na dor.
O mundo vegeta para o centro das mortes
As coisas abraçam caminhos desajustados
Não se sabe qual o futuro carrega a cabeça
A irrealidade marca medo aos pensamentos.
A alma feliz navega orgulhosa no seu tempo
Pede no silencio rubras homenagens ao amor
Não se desespera apenas por sonhar acordada
Apossa da dor quando se vê solitária no corpo.