Medo

O que fazer desse mal que nos assombra e nem sempre tem rosto. Da escuridão sem um feixe de luz, no fundo do abismo, onde nossos medos infantis se manifestam.

O coração palpita, ar falta e o mundo gira. Nada parece ter sentido e apenas a escuridão predomina. Não há razões para crer que a razão possa fazer algo, pois é nosso inconsciente explodindo na sua forma de caos.

Há medos e medos, mas falo dos irreais além de irracionais. O medo que traz ansiedade, que trava, que nos assusta nos sonhos. Uma noite em claro, a insônia, os delírios, as febres de desejo ilusórias e tudo é somente medo.

O medo do desconhecido, do imprevisível, de não controlar tudo, de estar a mercê dos acontecimentos. Nossos medos podem revelar algumas fraquezas, mas mostram também nossa força.

Obviamente hoje temos medo de uma mudança, de provocar, de questionar profundamente, pois por trás do medo há uma desilusão, da ética, do bom e do justo. Não são palavras que andam juntas na sociedade contemporânea.

Logo, a impotência traz o medo, pois a sociedade cada vez mais alienada e egoísta não deseja mudanças profundas, deseja o que for rápido.