do francês: "SADISME"
Assim sou.
Diversas vezes mal interpretada...
Não sei se é defeito ou virtude, mas gosto de saber demais, sempre busco um porquê.
Também não sei se é defeito gostar mais do frio, ou sempre buscar no fundo das minhas memórias: cheiros, lugares e momentos...
Só sei que mesmo em tanta desordem que involuntariamente os dias vão me trazendo lembro de uma frase de Freud: "Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste"
Não sei se é defeito lembrar com carinho dos dias em que eu chorei e estive desprovida de vida, tanto quanto quando estive feliz... Soa como um certo sadismo comigo mesma, mas é difícil demais decifrar, porquê lembro de mim como alguém que esperava, e quase meio dormente procurava e me agarrava à luz de vida que eu sentia ao meu redor.
Não sei se é defeito sentir demais, até mais do que deveria, que até quando durmo os sentimentos pairam vívidos por cima de mim, à ponto de me deslocar do meu corpo, como um gato foge pela janela aberta.
Não sei se é defeito, mas assim sou... Esses defeitos me mostram que ainda tenho muito mais para fazer, me estimula à ir adiante, sair, fugir, ir em frente. Nada é permanente. Esses defeitos me dizem que estou viva e me exibe: oportunidades...
Sâmya