O desgosto
Não entendo! Ha uma massa de concreto sobre minha cabeça, de grande estrutura que cobre uma area incalculável a uma mera operária como eu.
Invisível, na multidão que corre por todo lado e para lugar nenhum. As escadas em comunhão também se entrelaçam ao meio de tantos pés e pernas negam seus destinos. Destino esse que também pairo, sem saber se estou indo ou vindo, parada ou a espera de um sopro de vida. A sirene alarma, as horas parecem se arrastar e como um bêbado suado e cansado, vomita em nós algo azedo e fétido, o desgosto.