Distanciamento social
O ano é de 2021, mas parece 2012, pois a nove anos atrás dizia que o mundo iria acabar. Ledo engano. Aqui estamos vivendo no purgatório. Doença, brigas, ismos e a cultura do ego que domina a raça humana de tal forma, onde nem mesmo o desespero do mais vulnerável tem tocado corações, a não ser que se ganhe um like por isso.
Distanciamento social, método de prevenção em prol de não propagação do coronavírus, apenas potencializou o distanciamento que o mundo digital já há de proporcionar. Não sou contra a tecnologia e seus aplicativos de interação, todavia um jovem do século vigente que gosta do bom e velho contato noventista.
Escrevo reflexão. Citações e, leitura das pessoas e impressa me fascina. Deleito-me nos olhares e percebo almas vazias, de Deus trino, de amores, de empatia. Não me surpreende, pois discípulo de Cristo já havia dito isso a mais de dois mil anos atrás, que o amor de muitos iria se esfriar.
Relacionamento conjugal baseado em curtidas ao invés de serem vividas, a hipocrisia e falsidade tem sido caminhos caso queira ser reconhecido na nova era. Estranho? Muito! Mas Cazuza já dizia ter visto o futuro repetir o passado. Apenas contextualizamos.
Quero viver a sorte de um amor tranquilo. Respeitar o distanciamento que cuide da saúde de quem amo, para que eu possa amar mais e mais a beira mar. Onde a única mascara que uso é a de a de pano, mas não passo pano, pois o que deve ser criticado será.
Essa distância tem me ensinado tanta coisa.