Lembranças
Houve um tempo em que os sonhos voavam, e fizeram da vida fantasia...
Avenidas cinzas e quentes, com barulhos latentes que despertam o lado mais sombrio do ser, se viam doces lugares de paz emergindo a lembrança de uns anos atrás
Palavras como mel, depois como farrapos torpes de um transeunte, se desfizeram com o vento... nada restou
o tempo que não (a)guardou os sentimentos, nem se importou com os anseios e anelos, se foi... por um momento.
Não há mais nenhum olhar, nem mesmo o que dizer, vidas seguiram seus caminhos e em nenhum deles convergiram, perdas e ganhos de um talvez nem vivido... mas no céu
Tempestade chegando, águas que rodam o moinho, pão quentinho, chá, café e bolinho.... carinho
Buscas solitárias por um pouco de afeto, agarram-se a qualquer tronco incerto enquanto tentam não afundar na angústia de não amar, e não ser...
O que vem antes é o mais importante: conversas, sorrisos, cumplicidade, verdade, mais do que o que se segue, momento breve... lembranças para toda uma vida,
é o que nos reje.
Iquitis