Astronauta de nenhum lugar
Correndo sozinho na noite fria, lobo de máscara em meio a fantasmas, astronauta de lugar nenhum vendo almas se afogando no oceano sem água. Alguém tentando alcançar a alma além dos olhos de quem se esconde atrás de paredes invisíveis. Corvo dos olhos vermelhos, se ferindo ao se aproximar daquela que a asa machucou quando do firmamento caiu. Sombra que não produz sombra, caminhado entre a lua e o sol, que ousou sonhar alcançar o coração verdadeiro que enxergou dentro do eu real daquela a se ocultar por atrás de máscaras que não podem ser vistas. Alguém que não vem, que não pertence a nenhum lugar, que gostaria de poder falar para a rosa a se esconder entre espinhos, que não importa a tempestade, que mesmo que tudo seja arruinado, não há nada pelo o que não passaria por ela, pois não há dor maior do não poder alcançá-la.