Ines, não chora...
ando entregue aos dias longos
e, as noites loucas...
as crianças são o que temos de melhor
e, estão sendo feridas de morte
indo pra não mais voltarem...
tenho o coração ferido, tão dolorido
como se sufocasse sem ar...
machucar quem só queria atenção
não! não tenho porquê me conformar
a jovem guerreira que, um dia fui,
lutou pelo amor aos pequeninos
o tempo levou pra longe, não a encontro mais...
tempos de dizer mais do que podia dizer...
e sofrer mais do que merecia...
eles, os ainda ceifadores estão loucos
quem os esquecem são moralmente, vermes!
a arte e a psicanálise costumam antecipar
ou seja, ver antes...
não trago vaidade alguma por isso...
faz doer, sofro duplamente; antes e depois
morrem os pequenos porque estão sozinhos
porque não têm mãe que os socorram...
morro eu porque não os consigo abraçar
e, choro por vê-los sofrer e partir .