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O ego é apenas uma noção errada e profunda de nós mesmos. Mas é diferente de nós.

O que somos é muito melhor do que o maior conceito que temos sobre nós mesmos. Até o menor fragmento de realidade é melhor do que um mundo inteiro de conhecimento.

Nossa alma, nosso eu mais profundo, é tão misterioso, que é praticamente mais fácil entender Deus, e chegar ao Seu conhecimento do que entender a nossa própria natureza e conhecer nossa própria alma. “O reino dos céus é como um tesouro escondido no campo, que alguém achou e escondeu; depois, na sua alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo ”(Mt 13, 44).

Tão profundamente enraizado e unido em Deus está nosso eu mais profundo, que não podemos conhecer nossa alma antes que conheçamos a Deus.

Almejamos por descobrir, mas sempre olhamos na direção errada para um mundo de sonhos e fantasias de grandeza, para lugares distantes, mas o tempo todo Ele está contido em nós, onde estamos. “Deus está mais perto de nós do que nós de nós mesmos” (Santo Agostinho. Século V).

A duplicidade em nós deve morrer para que vivamos, pois somos muitos mais do que nos contentamos, porque a identidade superficial, o ego, que nos representa é apenas a nossa própria ideia de quem somos.

Assimilamos facilmente coisas superficiais. As coisas mais profundas afloram do conhecimento pessoal, que cresce em nós, para percebermos que seria melhor deixar de lado nossos próprios pensamentos tolos do ego para deixar aflorar uma compreensão mais profunda do conhecimento do nosso verdadeiro eu, para nos aproximarmos da vida como realmente somos firmes na verdade como pecadores que somos, sem nos apresentarmos afundados na auto rejeição pretendendo ser melhores do que somos e nunca em uma versão editada.