Avenida

Eu ouvia os gritos, não estavam longe

Estavam dentro, era o meu relento

Eu ouvia as vozes, não eram novas

As velhas dores, as velhas auroras

Um pouco de nós sempre está no querer

Porque ser livre não pode ser

Sendo livre a correr, como posso cansar?

Se livre sou, como não escolho o que amar?

Se posso ir, por que devo ficar?

Se posso sorrir, por que é mais fácil chorar?

Se a terra é boa, por que danificar?

Se você não vê, por que insiste em olhar?

Seria fácil quebrar, estilhaçar até o limite

O espírito do tempo é frágil, mas insiste

Se dobra aos vis quereres, e sempre finge

Parece novo, mas é um velho artífice

Tomverter
Enviado por Tomverter em 23/03/2021
Código do texto: T7214021
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.