Pesadelo

Durmo sempre no mesmo horário nada significante, mas essa noite tive um sonho muito incoerente. Sonhei que estava em frente a TV e as notícias não eram boas, um jogo de disse me disse, pior que mal me quer tem vacina não tem vacina, me transformo em um joguete nas mãos invisíveis que a qualquer momento posso ser aniquilada.

Enquanto isso, meus amigos não tem conhecimento desse diacho que é a vacina, só sabem que podem virar jacarés com uma simples picada em seu dedinho e começam como uma boiada a saírem em debandada estrassalhando tudo que vê, mas escutam a voz do Boiadeiro que laçou seus corações como que por encanto, dizendo: Continuem a correr, continuem a levantar poeira, façam barulho estou aqui no conforto de meu lar e me refastelando do mais doce manjar.

Enquanto a boiada passa pode se ver o caos deixado para trás, as pessoas se esvaindo em um efeito manada. Os outros que não caíram nessa lastima apenas choram molham o chão com suas lágrimas mas nesse chão vermelho brota nada além de números, uma quantidade exorbitante.

Esses números começam a ter nomes, nomes de pais, mães, filhos, irmãos.... Mas a boiada contínua, não é nada relevante. Êta boiadero bão, enfeitiçou os corações de muitos com seu mantra de: ir se acostumando, é apenas algo passageiro, é preciso corpo atlético.... Com um humor nada humano.O único medo desse infeliz Boiadeiro é o tal do jacaré.

Jacaré bonzinho afinal, que o único pecado é não ser letal.

Érica Fernanda
Enviado por Érica Fernanda em 19/03/2021
Reeditado em 19/05/2021
Código do texto: T7210855
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