O velar do ódio
Ó ódio! Que caminhou por tanto tempo em minha mente exilada, com os braços para traz em um ar autoritário, com um perfume barato e o queixo saltado. Agora corras de mim, pois lhe tenho nas correntes, preso em meu furor, morto em meu governo. E agora não mais lhe sinto, não mais me corre pelas veias o amarelado arcaico de seu sangue inumano, não mais queima em minha pele sua marca fúnebre das paixões parcas, e em nenhum lugar se vê mais a sua faceta; deu lugar ao desprezo, ao diminutivo, ao duvidar do homem.
Pode gritar o meu nome, aquele quem me dirige sem a voz da vida não pode me atingir em espírito; aquele quem trama minuciosamente a derrocada, nas entrelinhas da mediocridade, serão naqueles a quem a decepção se tornará mais gritante, pois, caminho ao lado da verdade, e a verdade, mesmo sendo injusta, é concisa e objetiva.
E aquele ódio, o mesmo que encheu tão confortavelmente meu coração, se transformou em um ponteiro de relógio estragado, o qual jamais será possível demonstrar sua a vivacidade de suas engrenagens novamente.