Vidro atrás do vidro
Chama invisível queimando na alma a caminhar no sussurro do vazio. Vendo memórias que nunca existiram as se perder. Ser de nenhum lugar, andando por um mundo sempre a escapar. Mundo de vidro atrás do vidro, tão difícil de tocar, sempre a girar, onde tantos estão a se apagar. Sangue em meio à multidão, escorrendo da alma a se importar, sangrando por o grito atrás da dor escutar. Asas de sangue a carregar a alma na armadura vazia que permanece a caminhar. Deitado no frio sob estrelas, ser de pele quente observando sonhos flutuando, ouvindo o silêncio de nenhum lugar. Marcas invisíveis que jamais desaparecerá na alma que outra alma tentou encontrar, mas que jamais irá encontrar. Guardião que a cada boa ação tem a sua alma por quebrar, que por nenhum lugar continua a caminhar e no silêncio permanece a se encontrar.