Desleixo
Ausente da luz divina,
Cambaleante fiquei.
Fraco triste e moribundo,
Pelas sarjetas penei.
Raquítico, sem rumo certo,
Pelos becos tropesei,
No breu da noite obscura,
Só desprezo encontrei.
Advogado do vício,
Nas trevas eu mergulhei.
Distanciando parentes,
Society jamais fiquei.
Fui vomitado, excluído,
Do meio dos maiorais.
Comendo o resto bebido,
O pior dos animais.
Meu Deus a mim entregava,
O trigo em mananciais.
Em Jôio os transformava,
Satisfazendo os meus "ais."
Mas, quem por bem não se entrega,
Aos pés do bom redentor.
Só prevalece no Limbo,
Ao lado do mau feitor.