A morte dos deuses

Terei de cortar os céus e sangrar os deuses para entregar nas mãos da aleatoriedade a essência, para que ela, defina quais são as minhas chances no grande templo do tempo, aquele que sobrou das cordas. Arcarei com o peso do ar, fumarei das terras do horizonte, encobrirei meus dedos nas dobras da vida, atirarei minhas cinzas no rosto do espaço, desfacelado e esquecido pela morte.

Depende de mim armar a espada para a queda dos celestes, que amarram as tais cordas com nós tão grossos.

LSPereira
Enviado por LSPereira em 13/03/2021
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