A última romântica

Dia desses, ouvi de alguém muito inteligente que o meu romantismo era o de uma mulher do século passado. Não foi uma crítica, mas uma observação contendo indícios de que não havia lugar no mundo, neste mundo, para os que ainda creem no amor. Bem, ser uma mulher do século passado pra mim é digno de orgulho. Ser alguém que valoriza o próprio corpo, cuida da casa e dos filhos, tem tempo pra fazer um café e olhar o pôr do sol sem ter que responder a mil emails. Email? Não, prefiro uma carta, uma cidade e uma vida pacata, em que possa cumprimentar os vizinhos e participar da vida deles. Mesmo sendo idealista e sonhadora, a mulher não tinha voz, nem vez, mas lutava por isso. Algumas se conformavam com um destino ja traçado. Outras, decidiam o próprio caminho. Muitas sabiam o poder que tinham, eram conectadas à natureza, utilizando essa ligação para cura e reflexão. Por isso, aquele chazinho de ervas feito com tanto carinho era o remédio pra muitos males. Sim, os tempos mudaram, o progresso veio, o mundo hoje é outro. As mulheres podem e sabem disso. O que muitas não sabem é que não precisam deixar de lado a doçura de ser quem são pra sobreviver. O sexo feminino é único, seja em que século for.

Luzz
Enviado por Luzz em 11/03/2021
Código do texto: T7204507
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