Corvos de papel

Alma errante a caminhar em um mundo onde paredes de vidro escondem castelos forjados por medo, observando conexões reais continuarem a morrer. Em meio a dor perdida no silêncio, fantasma se afogando no sangue encoberto pela tempestade. Alguém que por um momento enxergou a beleza oculta por sob a máscara a esconder a dor. Andarilho invisível que por um instante enxergou um mundo onde poderia não permanecer só. Lobo de vidro com coração de vitral a se quebrar por tentar alcançar a rosa a se perder no vento em meio a tempestade. Pessoa da máscara invisível que se recusou a ter medo, que não deixou a ignorância dos outros ditar o caminho a seguir, que sangrou por tentar alcançar a rosa além da ponte quebrada escondida por sob os espinhos a disfarçar o medo. Sombra sem sombra em companhia de corvos de papel, que acreditou que sentimentos honestos poderiam alcançar quem acabou sem rumo em meio ao silêncio na multidão, mas que não consegue deixar de sonhar em alcançar a estrela além da escuridão.