E lá fui eu..

Todo bobo.

na cabeça com o seu sim.

E quanto tempo se passou.

Para consumar tal ato.

Sei lá.

Acho que eternidade.

Mas agora as barreiras por fim foram a baixo.

Tomei um banho bem demorado com água de cheiro.

Uma gravata borboleta.

Pousada no pescoço.

Camisa de seda e por cima um rôto de um terno de Panamá.

E lá fui eu.

Ver se realmente tinha o crédito.

Bem recebido fui.

Nem poderia reclamar de tal hospedagem.

Solicito a sentar.

Abri bem os ouvidos para saber se não era a cera que me íncomodava.

E escutei a segunda versão do acaso.

_ Naquele dia fatídico, estava com tanta preça.

Que acho só escutou o sim.

Pois bem.

Sim.

Sou comprometida.

Sem chance alguma para nenhuma aventura.

O chão afundou e eu com ele.

De volte.

Quando peguei o bonde.

Minha tristeza era tão visível que o motorneiro.

Olhou me de cima a baixo demorando com o olhar no velho e surrado sapato de duas cores com o bico carrapeta.

parecendo que tinha em suas mãos toda minha história.

E escutei.

Isso passa.

Assim como passou o bonde que pegaste.

Tracaja

Tracaja
Enviado por Tracaja em 09/03/2021
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