ACHO QUE SOU UM POETA LOUCO
Minha noite pode até ser quente, mas o meu coração é frio e sem sentimentos, ao ponto de quando acordo de manhã, coloco a mão no peito, e parece que nem tá batendo. Mas aos poucos sinto que estou vivo. Minhas mãos ficam dormentes do nada. Deve ser porque tudo que eu toco acaba sendo destruído. Sou desastrado. Pra eu poder sentir algo, tem que atravessar a epiderme, derme e a hipoderme. Tem que trocar direto na alma pra eu poder sentir algo por alguém. Se piso no raso, não tem sentido apenas molhar os pés. Tem que mergulhar o corpo inteiro no fundo do rio. Tem que sair e sentir frio, ou seja, sem amores rasos. Sem essa de sentir borboletas no estômago. No meu está cheio borboletas mortas. Sou imprudente. Quando vi, já fiz. É sim ou não.
É tiro de bazuca. É tiro de canhão. É fugir da lógica. Meus escritos são só sentimentos que fogem da razão.
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( E aí? Ficou cruel demais para se lido?)