As minhas lutas
As maiores lutas travamos sempre em silêncio.
Eu não vou mentir. Às vezes em penso em chutar o pau da barraca. Está tudo muito difícil ultimamente e eu não sei quanto tempo mais eu aguento.
Às vezes cansa olhar para o mundo nesses dias tão incertos. Há uma tristeza no ar e eu sempre me sinto o único que sente o peso desses acontecimentos.
Será se sou apenas eu que estou com dificuldade de me sentir positiva nesses dias?
Será que só eu estou com dificuldade para sorrir?
Será se ninguém mais ver o que eu vejo?
São tantas perguntas e poucas respostas.
Tantos planos que fiz e não deram certos. Não tenho controle sobre nada. As coisas simplesmente acontecem. O tempo sempre muda as coisas de lugar e ninguém está preparado. Só nos resta sabe improvisar e se preparar para o próximo golpe – ele sempre vem.
Aprendi a limpar as lágrimas e tentar enxergar a beleza mesmo em meio a desesperança. A dúvida não pode me impedir de ver o pôr-do-sol. O medo não pode me impedir de molhar os meus pés no mar. O desânimo não pode ser maior que a vontade de sorrir de novo. A desesperança não pode se maior que o desejo de continuar caminhando. E eu sigo tentando. Sentindo tudo. Sinto tudo em cada átomo do meu corpo.
Só eu sei o que suportei até aqui. O que eu tive que superar em cada passo. Só eu sei a dor que senti após a cada queda. Só eu sei que chorei sozinha no meu canto. As ondas que atravessei fingindo que estava bem.
Só eu sei.
As minhas maiores lutas foram em silêncio.
Hoje, apesar das cinzas, eu visito o passado, olho as cicatrizes e me orgulho delas.
Hoje, eu consigo respirar.
Nas entrelinhas da minha vida, há um girassol me indicando que eu posso recomeçar. Em cada pedaço do meu coração há uma poesia.