A lógica da condenação antecipada
O recente caso do deputado Daniel Silveira deixou bem claro que se falar em Democracia no Brasil é apenas uma figura de retórica. Governantes, políticos em sua maioria e mesmo o grosso de uma população “grossa” no sentido do entendimento, não estão “nem aí” para ela.
Mas uma outra atitude facilmente observável é a condenação antecipada. Ela vai além do juízo de valor.
No caso do referido deputado, sua prisão inconstitucional e ilegal por um “guardião da constituição” e avalizada pelo Congresso Nacional, está sendo vista por parte da população como justa porque o fulano mostrou ser um encrenqueiro em funções que ocupou no passado.
Aqui vale a máxima “seu passado te condena” e numa (des)proporção equivalente ao mal que ele causou a ele mesmo.
Outra situação de condenação antecipada e eterna é a alegação de que os cidadãos brasileiros não podem possuir arma de fogo porque não estão culturalmente preparados para isso.
Dessa forma, pelo critério de julgamento subjetivo e aleatório de uma minoria, a maioria que quer exercer seu direito de comprar uma arma de fogo, pode ter sua vontade podada a qualquer momento, como já aconteceu no passado e continua correndo o risco de acontecer de novo na nossa “democracia”.
Não sei que educação familiar receberam e em quais escolas esses “juízes sociais” se formaram, mas esses dois exemplos mostram com clareza porque o Brasil é um fracasso como civilização.