Voe!

A vida só é realmente prazerosa e satisfatória quando temos a chance de voar. Claro, não é o voo dos pássaros ou dos aviões, é o voo que nos permite ser quem somos, estar onde queremos, realizar os sonhos que possuímos. Já viu como ocorre a transformação da borboleta? Como que de uma lagarta indefesa e pouco atraente ela se transforma naquele ser encantador que embeleza os nossos jardins? Assim somos nós até despertarmos para a nossa essência. Somos como lagartas amedrontadas, esperando pelo momento certo para sair do casulo e desfrutar das belezas que podem existir nesse mundo tão vasto. E quando finalmente conseguimos nos transformar, então entendemos que a vida vale muito a pena.

O problema é que muitos e muitas coisas se colocam no nosso caminho tentando impedir o nosso crescimento, querendo sabotar a nossa transformação em pessoas melhores e livres, tentando esmagar nossas potencialidades e aprisionar-nos em uma vida que eles querem que vivamos. Dessa forma a vida se torna cansativa, desinteressante, porque como a borboleta tem necessidade de voar por entre rosas e orquídeas, nós temos a necessidade de experimentar amores e sonhos. Muitos que não conseguiram se transformar, deixar de ser aquela lagarta desprezada, sentem inveja dos que se esforçam por isso e acabam colocando os seus próprios empecilhos onde só deveria existir um grande potencial de realização. E é importante entendermos isso, é importante conseguirmos entender que muitos dos que tentam nos intimidar tinham os mesmos sonhos que nós, ou até mesmo outros, mas se deixaram abater pelo medo e pelas imposições e não conseguiram voar como nós temos a chance, sobretudo o direito, de fazer.

Seu voo poderá causar espanto, incentivar falatórios, fazer as pessoas apontarem seus dedos tortuosos. Não sei qual é o voo que você almeja fazer, só sei que é seu direito sobrevoar por esse universo de possibilidades procurando por aquilo que o fará realmente feliz. Só vivemos uma vez. E a vida é curta demais. Agora estamos aqui, mas no próximo instante podemos não estar mais. Ou então, agora temos pessoas amadas ao nosso lado, mas amanhã elas poderão ter partido de diferentes formas. Vamos mesmo nos arriscar a perder a chance de sorrir verdadeiramente? De sentir uma alegria e uma felicidade genuínas? De olhar para as pessoas com o peito aberto e, cheios de lágrimas nos olhos, confessar o quanto estamos nos sentindo bem? Mas isso só é possível se finalmente deixarmos de ser aquela lagarta intimidada e nos transformarmos naquela borboleta majestosa que, mesmo em silêncio, atrai os olhares de todos com os quais cruza. Transforme-se! Voe!

(Texto de @Amilton.Jnior)