O campo de comentários é só para elogiar e concordar?

Não, eu não estou me referindo a uma única pessoa ou a um fato isolado, mas a uma posição, digamos, filosófica.
E me baseio numa experiência de sete anos no Recanto. Além de outras experiências, é claro.
Para que serve o campo de comentários? A meu ver deveria servir para opiniões sinceras e não para rasgar seda. Por certo é melhor elogiar que contestar, mas é importante que o elogio seja sincero. A um autor deveria ser importante saber o que seus leitores realmente pensam.
Por isso mesmo já tenho dito muitas vezes que a receber comentários alienados e que muitas vezes dão a entender que a pessoa nem leu meu texto, prefiro que discordem de mim e até metam o malho dentro de certos limites. De fato só apago recados que tenham baixarias ou que nada tenham a ver com o que escrevi.
Se discordo de alguém em alguma coisa tento fazer de forma educada. Eu tenho visto infelizmente toda uma gama de colaboradores do Recanto que argumenta com raiva e mantém ataques sistemáticos contra alguma pessoa ou instituição. Por vezes parece idéia fixa.
A experiência me mostrou que, em certos casos, melhor manter distância. Tirando os casos de maior radicalismo de esquerda, direita ou lá o que seja, algumas pessoas simplesmente não gostam de ser contrariadas.
Apesar de meus muitos defeitos eu procuro ser democrático. Alguns recantistas me bloquearam sem que sequer eu saiba o motivo, mas jamais bloqueei alguém.

Por outro lado, certas reações desanimam em relação à espécie humana. Pessoas que se melindram facilmente diante de simples argumentos. E há pior ainda. 
Nesses meus sete anos de Recanto aconteceu umas quatro vezes com pessoas diferentes: postei comentários de elogio ou concordância e, creio que por não ter eu entendido bem o pensamento, responderam com quatro pedras na mão. Embora eu estivesse concordando.
Tirando fora esses casos extremos o problema real é não aceitarem discordância. Isto me faz lembrar um interessante filme de Roger Corman, "Escorpião Negro". Numa cidade norte-americana havia um prefeito corrupto que estava sempre com dois auxiliares, um de cada lado. E cada vez que o prefeito dizia alguma coisa (qualquer coisa) os dois falavam em unissono: "Sim, Senhor Prefeito!", "Nós concordamos" e outras coisas desse jaez. Até que a certa altura, meio incomodado, ele perguntou: "Vocês têm mesmo que concordar com tudo o que eu digo?", e a resposta foi: "Sim, Senhor Prefeito! Somos pagos para isso!"
Eu, pelo menos, não sou pago para concordar com ninguém, embora me agrade manter excelentes relacionamentos neste espaço.