A POLÍTICA DOS PORCOS ("O passado é um retardatário, serve apenas de distração, atrasando as conquistas que estão na linha de chegada desta corrida chamada vida." — Anderson Alves)

No velho normal, a escola pública tinha ar condicionado instalado nas salas. Ali, com 30 alunos divididos em opinião: liga ou desliga durante a aula. Os desforradores dos bens públicos, com espírito de compensação por entenderem que pagam imposto, ligam o aparelho no 12, mesmo que esteja fazendo frio. O professor falando com dificuldade de respirar; mas, ai dele, se pedir para desligá-lo, atrairá o ódio e a repulsa de muitos deles. E a aula ainda será perturbada pelos os que não querem o ar condicionado, de igual para igual, eles se xingam. E fazendo pressão, gritam para o professor mandar desligar, como se o controle eletrônico estivesse na mão do professor; porém está na mão do usurpador da liderança: o representante de classe que toma um dos partidos em questão!

Pois é, colocar os aparelhos de ar condicionado e não usar não tem sentido, né? E o que é mais importante? Assim como o limoeiro da calçada tem que suportar o peso do marmanjo viciado na alegria da gratuidade, tirando o limão ainda verde, mesmo que não o sirva, ele quer ser o primeiro beneficiado. E nem se importa com o cachorro daquela residência espumando de tanto latir, já que também nem se importa com os olhares de reprovação dos transeuntes daquela rua. Pessoas viciadas no gratuito não sabem votar no melhor candidato, elas estão à venda. Disse Orson Scott Card : “Se os porcos pudessem votar, o homem com o balde de comida seria eleito sempre, não importa quantos porcos ele já tenha abatido no recinto ao lado.” São esses "porcos" que nos dão a péssima liderança que temos. Uns atrasando os outros. CiFA