Torneira entreaberta
A Solidão devasta
até que se entenda que ela
até certa medida,
se encaixa bem, se adequa
a um espaço vazio
e esse vazio é necessário.
vazio, de que?
o por que vazio?
com o que que ele se preenche?
o que é preenchimento?
onde minhas palavras se acumulam
também é por onde elas jorram,
como uma torneira aberta
seguindo um fluxo contínuo, dentro da
minha ideia de tempo.
Solitude, plenitude
antes de se encontrar lá fora,
se encontre dentro.
são tantos questionamentos,
no silêncio da noite que ao mesmo tempo,
é tão barulhento.
É cômodo, permanecer vivendo
sem se jogar para os movimentos
que a vida faz.
Movimentos esses, que
não aceita resistência.
Há aquela frequência,
que vibra, solidifica o insolidificável.
Paro, respiro.
Fecho a torneira.