Incertezas

Primeiramente, olá.

Segundamente, aceita um abraço ou aperto de mão?

E terceiramente, vamos lá.

Responsabilidade:

O quanto sou responsável pelo que escrevo e penso?

A minha escrita é própria ou coletiva?

Seria um manifesto meu ou um ponto de encontro nosso?

Consequências:

Devo me preocupar com o que vou poder causar com algum escrito?

Devo tentar tapar todos os buracos causados ou isso é de quem foi perfurado?

Eu já não me encontro mais capaz de poder formular um texto.

Medos... sou a carapaça que meus medos preencheram.

Sou apenas uma existência sem rosto próprio.

Sinto-me culpada pelo meu falecer a este modo.

Será que foi por causa do meu jeito fechado?

Será que tanto preservei o indivíduo que fique sem base?

Será que sou analfabeta sentimental?

Mas não do tipo que está desconexa do mundo,

Apenas do tipo que sabe que existe algo, porém, não domino

Compreendo, mas não tenho nenhuma habilidade sobre...

Onde estou nessa pilha de escombros do ataque terrorista da incerteza que devastou meu país?

Serei, para sempre, só um monte de terra inútil ou estarei sujeita até a chegada de colonizadores para limpar minha terra e depois buscar independência através de guerras que eu poderia travar agora onde as marcas seriam apenas de preserva ruínas ao invés de ter que restaurar meu ser ao que era e poderia ser naturalmente e ainda aceitar a intromissão externa?

Vejo-me como uma folha seca que não despregou do galho.

Clara Nuvens
Enviado por Clara Nuvens em 23/02/2021
Código do texto: T7191012
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