Inquietude

Gostaria de escrever uma música, um romance ou um conto, baseado em fatos reais. Talvez, uma crônica ou um artigo que possa compartilhar parte de algo que aprendi. Tem muita coisa aqui, não só dentro, mas ao redor. Tanta coisa pra mostrar, descrever...e tanta coisa pra criar, pra aprender.

Gostaria de expressar o azul, não só pela imagem da cor, mas tudo que ele explica, tudo que nele se contempla. Imaginou?

Também mostraria o branco na sua imensidão, no tudo, mas um tudo sem nada...sem amarelo, sem preto, sem vermelho, sem sujeira, sem dor, sem riscos ou manchas. Mas o tudo também seria negro, um preto total, sem cores, sem branco...imenso e profundo, infinito.

As outras cores apenas contracenam com essas três, enfeitando ou manchando tudo o que há. Algumas enfeitam o azul, mas podem manchá-lo também. Outras tornam impuro ou finito o branco, assim como o preto.

Escrever nunca é suficiente, mas é uma porta para que se abra e se mostre tudo que está desse lado. Ninguém verá sozinho tudo, mas tudo fica aberto para que qualquer um possa ver.

Também não é só ver. Gostaria que sentissem...o cheiro do branco, o gosto do preto, a calma do azul. O medo, de que cor seria? O calor, o frio, a dor.

Solidão é uma dor, ou um medo? E a saudade, é uma calma?....Como mostrar tudo isso? Palavras não são o bastante, nem imagens.

Tento, me frusto, me acalmo.