SOU TUDO OU NADA
Ter ou não ter?
Sei o que faço,
Faço, quando quero,
Até mesmo, sem querer!
Brigo; luto.
Até pelo o que não, é meu,
Mas querendo ser!
Tenho cheiro, cor e sabor,
Tenho mundo, não raso, mas tem fundo.
Paciência não é aparência.
Que aparece sem avisar,
A vista de quem quiser olhar.
Sobre meus olhos, posso até te ver,
Quem sabe, até te olhar.
Não abre a boca, se não souber o que falar,
Sem isto, não precisa nem chegar!
Pode ser mil, mas pode ser uma,
Palavra para mudar,
Ás vezes uma imagem.
Meu mundo; vontades e razões,
Nada de vasto,
Prefere o próximo,
Toque ou olhar.
Que apesar de gostar, não sustenta a inquietação,
Das minhas mãos;
Que tem de mexer para ver.
Um jeito de falar, sem usar palavras,
A boca que beija,
Aquele gosto, que deixa.
Que sente, quer mais?
É o que ela gosta!
É o que ela faz!
Deixa amostra,
Ela se satisfaz!
Até nisto sou capaz,
Pague para ver,
Não vai se arrepender!
Se quiser, pode até me chamar.
Mas, talvez,
Tenho coisa melhor para fazer,
Outra coisa para olhar.