Cuidado com a palavra fácil

Em Mateus 15:11 está escrito que "O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem.".

Há também um provérbio que diz "Quando falar, cuide para que suas palavras sejam melhores do que o silêncio.".

Como todos nós sabemos, atualmente existe grande facilidade para que qualquer pessoa divulgue seus pensamentos. Com isso, podemos conhecer pessoas sensatas, sensíveis, outras bem humoradas, outras que mostram visível mal humor, oportunismo, aquelas cuja única preocupação é vender algo e ainda as que parecem que fazem questão de mostrar para todo mundo que são idiotas.

Dentre estas últimas temos, por exemplo, uma atriz que divulgou um vídeo, no qual ela, suando, babando e dizendo palavrões, EXIGIA o impedimento do Presidente. Como era de se esperar, além do ridículo a que ela se expôs voluntariamente, internautas imediatamente pesquisaram a vida dela e descobriram que ela é sócia de uma empresa que recebeu milhões de Reais da Lei Rouanet.

Outro exemplo, são os que se especializaram em fazer críticas ao governo, mas não apenas críticas construtivas, usam dos argumentos mais absurdos que no final só levam a que se exponham ao ridículo. Para azedar ao máximo as críticas, estão propagando que o Brasil tem 62 milhões de desempregados e 50 milhões de pessoas em situação de miséria.

Notemos que antes da pandemia já se dizia que o Brasil tinha 70 milhões de miseráveis ( https://www.cut.org.br/noticias/70-milhoes-de-brasileiros-sao-pobres-ou-extremamente-pobres-80ca), portanto não podemos dizer que eles estão entre os alegados 62 milhões de desempregados.

A fantástica taxa de desemprego divulgada se baseia no número de pessoas que receberam auxílio emergencial, porém, propositalmente, se ignora que aí estão incluídos além dos que possam realmente ter perdido o emprego, os trabalhadores informais, pessoas que nunca trabalharam, “donas de casa”, estudantes e malandros de todos os naipes.

Mas vamos considerar que esse número é real. Aí teríamos que supor que para cada desempregado existe no mínimo uma pessoa dependente dele. Então na matemágica teríamos (62 x 2) + 50 = 174 milhões de brasileiros sem renda.

Subtraindo da população total restam 36 milhões de habitantes. Porém, apenas cerca da metade desses são adultos que devem ter rendimento.

A conclusão, de acordo com a matemágica do azedume, existe atualmente no Brasil 18 milhões de habitantes sustentando outros 192 milhões.

É mole ou quer mais?

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 17/02/2021
Reeditado em 17/02/2021
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