O Gênio
O gênio, que com seu corpo existe uma comunicação quase que instantânea, dado o entrelaçamento quântico, que jaz um, e do ser que é vindo do não ser. O gênio, simetria assustadoramente perfeita, supersimetria. Gritos retumbam e clamam o seu nome, quase que como uma prece, dizendo, como pode? Um só homem... O gênio, que desafia o impossível, e que sai vitorioso dessa batalha. O gênio que se comunica com tudo o que tem, e que da melhor forma, faz o que deve ser feito. O gênio que muitas vezes se confunde com o herói, o gênio que proclama com a sua própria existência, o que há de mais sagrado no mundo, a vida; o gênio que com o próprio ser provido de uma diferenciação tremenda, trás o impacto estético de admiração sublime, a certeza imensa de uma verdade que é. O gênio que se revela um pelo que faz, que jaz um com ela. O gênio é alguém que faz algo de uma forma única, e da melhor forma possível. Ao ouvir novamente o que me é nítido não ser somente uma música e um vídeo, ao me ver, mais uma vez, tocado por algo que não me é tão nítido, na aparente antítese; lágrimas. O gênio, o ser, a outra lógica, que porém, tão óbvia, mas tão difícil a sua visualização. A experiência que a muito tempo me tomava, retorna novamente, quase que em uníssono, com acontecimentos recentes. A vida que me parece ser algo a mais, e o verdadeiro humanismo, provindo, derivado mais que contido e que em somatória nunca chega ao todo. Palavras que aparentemente me faltam, e eu opto por simplesmente me deixar levar com a dança. Comentários, vicissitudes, elogios a escândalos de admiração, bibliografias e apaixonamentos por um ser, ou ser algo, do qual pouquíssimo se conhece. E a surpresa, ao vim algo que nunca se espera. Os gênios que me baseio para essa pequena elaboração são o da nova arena romana, que dessa vez não reflete o escárnio e a grandeza de quem a assiste, e sim a pequenez de quando a imensidão toca um homem e então os olhos comuns nada podem fazer além de ficarem boquiabertos. O gênio não é indivíduo, o gênio é o ser, por isso, não tem nome. O gênio é uma projeção de uma dimensão muito maior, que como em um subespaço vetorial, reflete distorções que não podem ser feitas com o espaço. O gênio é aquele que dita pontos e vírgulas apenas com sua reticências. O gênio é aquele que diz, retira, acrescenta, e deixa de ser, medíocre. O gênio não é pessoa, o gênio é mensageiro, por isso a figura alada ao gênio é o Hermes. O gênio transcende tempo-espaço, e sempre trás a mesma mensagem, de que é possível. O gênio não te cobra nada, você se cobra ao ver um gênio. O gênio não é visto, é intuído, pois como que quase tudo em um gênio é deparar-se, assim o é quem o conhece. O gênio é um instrumento entre o mais sagrado do mundo, e o mais profano. O gênio é a comunicação perfeita entre os céus e a terra. O gênio não é matéria de estudo, o gênio é matéria assim como a tua. O gênio é matéria da tua, com um pequeno acréscimo. O gênio não pede, e não obriga, o gênio sempre é a terceira opção não vista. Quando se pensa que entenderam os gênios, ele mostra novamente que ele não pode ser reduzido a essas 3 dimensões euclidianas, ou que não pode si reduzir as 4, dado espaço-tempo, haja visto o conflito com a mecânica quântica. O gênio nunca diz algo, ele grita, ao mesmo tempo que ressoam em uníssono, gritos brandos, e cochichos altos. O gênio não é diferenciação por mistura, o gênio não é solução, o gênio antecede o soluto e o solvente, ao mesmo tempo que não é os átomos. Talvez o gênio não seja o que antecede, digo, a priori, talvez o gênio seja o que não é dito, pois é desejado que se cale. O génio talvez seja apenas aquele que não se rendeu e que talvez por isso, te cause incômodo. O gênio não é partes e nem o todo de fato, pois as séries são em síntese, somar o infinito, vide o "paradoxo" de Zenão. O 1 nunca se alcança, por isso, o gênio sempre está em busca, e é justamente dessa busca que o confundem. A somatória das séries sempre levaria a pequenos restos, e esses pequenos restos sempre é o humano demasiado humano no gênio. A insegurança, o medo, faz com que o gênio duvide de si mesmo e que se pergunte, o que devo mesmo fazer? Mas que depois de um tempo, ao observar outros gênios, retorne aos ombros de gigantes e retome, sua trajetória. O gênio também é caminho, ele não é a soma perfeita, as operações perfeitas de fato não existem. Perfeição é uma palavra, mas que se apresentado ao gênio faz com que seus olhos brilhem, ou caiam em lágrimas. O gênio as vezes é covarde, mas a única certeza é que é as vezes. Do gênio mais uma vez _ o gênio não é egoísta ou coletivista, pois o antônimo do coletivismo não é o egoísmo, e sim o individualismo _ não cabe redução. O gênio não se acha pronto, dado o seu tamanho criticismo. O gênio também é disciplina, e não apenas paixão. O gênio é sentar na cadeira e decidir continuar, mesmo com tanta dor no coração. O gênio é persistência, persistir, palavra que cai tão bem ao gênio. Progressão que muitas vezes não vista faz com que o gênio, muitas vezes, ache que continua o mesmo e que em colapso e contorções, caia em lágrimas, ao se deparar com sua pequenez, diante da imensidão. O gênio se afasta da mediocridade e chora ao cerrar os dentes, quando percebe que ainda se encontra nela. O gênio é lágrimas, gritos, puxões de cabelo, o gênio muitas vezes é desistir em desespero, é desacreditar, o gênio não é o produto feito, a solução de uma equação, o gênio é o processo, e o processo, é o que faz o gênio. Quem chega no outro lado? Quem está disposto a ir até o fim, por vários motivos, porém, com um em especial, uma constante, que é, A Vontade do/ para /o Sublime. O gênio é caminho em contínuo aperfeiçoamento, pois o gênio não é o final, acabado, pronto, provido desse nosso desejo imundo de morbidez, o gênio não se aposenta das suas atividades, ele e ela são um, para um algo maior, daí a vontade e ela meu amigo, nunca cessa. O gênio é alguém que decidiu aceitar, continuar, não reclamar. O gênio é aquele que aceitou o caminho. O gênio representa o caminho. O gênio é a janela do caminho e representa o possível que é o caminho. O gênio é a concretude da aceitação de uma vontade transcendente e inerente. O gênio é certeza da supracitada vontade derivada das suas obras. Eu ainda poderia dissertar muito mais sobre o gênio e o assunto assim mesmo não se esgotaria e mesmo isso, reflete a natureza do gênio.