Sobre big brother e pseudos descontruidos:
É fato que os participantes dessa edição entraram pensando na edição passada, onde várias pautas, como o machismo, foram discutidas e se deram mal aqueles que se mostraram como tais. Mas o que esse elenco não levou em consideração é que a desconstrução é um processo que tem que ser vivido pelo próprio indivíduo, sem imposições grotescas e humilhação do outro. Só mostra a face que temos em massa hoje na internet: falsos desconstruidos que se julgam melhor do que todos os outros. Pessoas que, na ânsia de não olharem para si próprias, massacram o próximo como um mecanismo de fuga. É mais fácil julgar o erro alheio do que se policiar e entrar em contato com suas próprias questões. Se esqueceram que somos seres inacabados e sempre haverá o que desconstruir, mudar e reconhecer. Cada um no seu processo de aprendizado, afinal o meu relógio não é o mesmo que o do outro. Conseguiram tornar tão pesado um processo tão necessário como o desconstruir. Quando o que era para ser um programa de entretenimento se torna algo grotesco, é hora de repensar o que está acontecendo. O que adianta ser um falso descontruido, se no seu âmago continua disseminando ódio? De palestrinhas o mundo está cheio. De verdadeiras pessoas descontruídas, nem tanto assim.
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