Chegou a hora de crescer.

Inevitavelmente a maturidade nos bate a porta e pede que transformemos ações e pensamentos para que a nossa próxima versão, atualizada e madura possa assumir outors compromissos e responsabilidades.

Nem sempre estamos prontos, por isso pode haver medo, confusão e muita indecisão.

Escolher crescer é privilégio de poucos, a maioria de nós é jogado de cabeça para o mundo e de forma dura precisamos encarar a realidade da vida. A hora de crescer, sabe que estamos prontos, por isso ela só chega e trás para nossa jornada pessoas e situações botando-nos a prova de qualquer pensamento e comportamento vicioso ao qual ainda nos apegamos. Crescer dói. Dói mesmo, crescer é deixar ir partes da gente que tanto regamos. Mas, uma hora a poda chega. O crescimento nós empurra para nossa Essência, é então, tempo de trocar de pele, tirar a máscara, sair do personagem. Dói!

Entendo a vida como a constante possibilidade de aprender e mudar. Muitas vezes, aprender a mudar. Geralmente, nem sempre, sabemos onde aplicar algumas lições, mas, o tempo, professor de nós todos, sempre trata de nos mostrar e nos encaminhar para onde devemos ir.

Talvez, se pensássemos menos nas conquistas físicas pudéssemos observar que o que não se toca vale mais do que o podemos comprar. E assim, não deixaríamos passar pessoas, sentimentos, sonhos.

Ainda temos a humana necessidade de fazer ver, ouvir, cheirar, tocar, provar... Somos sensoriais e poucos de nós conseguem ainda discernir que o sentido dos sentidos é a sobrevivência, não a escravidão.

As vezes é preciso parar, dar um tempo, respirar profundamente e deixar que as coisas se adequem. Ficar só, esquecer de tudo, até da gente mesmo. É importante ouvir o "barulhinho bom" da maturidade chegando feito pele de cobra que se descasca, ovo que se quebra de dentro pra fora ou casulo de borboleta se rasgando. Retirar-se da rota na maioria das vezes pode ser considerado uma fuga, mas no fim é uma possibilidade de reconstrução interna.

A maturidade e o medo, ambos nos fazem recuar. Entretanto a pausa da maturidade é estratégica, reflexiva, honrosa. O medo não, ele trava, definha. Quando chega a hora de crescer, a maturidade invade nossa casa e nos diz que para saber onde queremos chegar é preciso antes de tudo, descobrir onde estamos!

Felipe Paes Monteiro
Enviado por Felipe Paes Monteiro em 04/02/2021
Reeditado em 04/02/2021
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