FATALISMO OU AQUIESCÊNCIA?
Para saltar para o desconhecido e o desconforto da mudança, confiando que iremos criar um refúgio na aceitação e consolo diante do inevitável em face da dor e dos medos que vêm junto, independentemente do que nos aguarda, exige que sejamos humanos e corajosos.
Sendo parte da vida, numa mistura de descrença e simples aceitação como sinônimo de vida e crescimento, a mudança é constante, inevitável e necessária para nos livrar da estagnação e criar espaço para crescimento. Mas, o sofrimento é opcional. É uma lição difícil, mas, é válido se aprofundar nas adversidades de uma forma que funcione.
Dor, perda e injustiça, também, fazem parte das concessões da vida. Devemos buscar encontrar nosso santuário interior de paz e sabedoria em meio às dificuldades. Contudo, aceitar essas condições não é ficar impotente diante delas num fatalismo sujeito ao destino ou predeterminação irrevogável.
Entretanto, devemos nos perguntar por que sempre supomos o pior primeiro, associando o futuro à ansiedade em vez de tranquilidade?
Devemos encarar o futuro como um desafio, não como uma ameaça, sem temer que ele espelhe o nosso passado.
Afinal, nos reinventamos em vez de nos repetir, pois não somos história. Não há necessidade de saber o final, sob pena de destruir a história, pois, a vida é toda sobre a história se desenrolando.
Podemos controlar hoje, as coisas que temos agora, fazendo o hoje valer sem medo do fracasso de uma batalha perdida, mas, encarando uma guerra que ainda podemos vencer.
O receio de não ter feito o bastante, não considera o que já foi feito. Pouco ou muito, nosso valor nunca muda, não tem preço para quem nos ama e que irá nos amar.
Se você está com medo do pior que pode acontecer, pense em todas as vezes no passado em que você teve medo do que pode vir, e pense nos piores cenários que nunca aconteceram.
O amor é um ato de dar, em vez de receber. Evitemos ter medo do desgosto diante da sabedoria da experiência que magoou, que o inspirou a escrever. A solidão dói mais.
Quantas vezes já morremos por dentro e vimos a luz do dia novamente, nos tornando mais conscientes e gratos por nossa vida. Somos apenas mortais. Porque viver se preparando para o pior?