Enquanto...

Seguindo na correria,

Rasgando folhas do calendário a cada dia…

Cada minuto conta,

Demandas diversas, pendências de grande monta...

Correria desenfreada,

Atropelos, como quem faz de tudo pra nada...

E nada encanta,

Vendendo o almoço pra comprar janta...

Numa vida sonsa,

Em que nada se acerta e segue andando na onça...

Sem paz,

No limite [na capa], em total abatimento. Ali, jaz...

Jogado ao léu,

No tanto faz como tanto fez, se vai ou não pro beleléu...

Sem quaisquer perspectivas,

Sem a última que morre, sem esperanças vivas…

Esvai-se os dias,

A tristeza ergue o braço e joga à lona quaisquer alegrias.

Enquanto pode...

Enquanto puder...

Enquanto pôde.