Brumas
Era pura calma, um dia quente de verão
Não havia vento, brumas, talvez só um Brumadinho
De repente um estrondo e um mar de rejeitos
Em avalanche, desaba sobre a cidade;
Pessoas que correm a esmo e em vão
Casas, vidas e sonhos soterrados
Carregados ao léu, animais que olham para os lados
Pedindo uma ajuda que não tem como chegar,
É uma verdadeira hecatombe que pareceu tão rápida
Mas para os que sucumbiram
E os que vivos ficaram sucumbidos pela dor,
Não passa, essa dor não passa!