Brumas

Era pura calma, um dia quente de verão

Não havia vento, brumas, talvez só um Brumadinho

De repente um estrondo e um mar de rejeitos

Em avalanche, desaba sobre a cidade;

Pessoas que correm a esmo e em vão

Casas, vidas e sonhos soterrados

Carregados ao léu, animais que olham para os lados

Pedindo uma ajuda que não tem como chegar,

É uma verdadeira hecatombe que pareceu tão rápida

Mas para os que sucumbiram

E os que vivos ficaram sucumbidos pela dor,

Não passa, essa dor não passa!

Miro Homemnegro
Enviado por Miro Homemnegro em 02/02/2021
Reeditado em 06/02/2021
Código do texto: T7174360
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